TÍTULO: CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE BASICA DE SAUDE DE PLANALTO.
COLABORADORA: YULIA BARNET RICARDO.
FACILITADOR: TULIO FELIPE VIERA DE MELO.
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. Em 2011 o Ministério de Saúde lançou um plano enfatizando ações populacionais para controlar as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e a doença respiratória crônica, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool (DUNCAN et al., 2012). Nossa cidade, Nova Cruz e a UBS Planalto não é diferente a respeito desse tema, com uma incidência e prevalência alta de pacientes com DCNT.
Como ações visando o combate e controle das DCNT, nossa equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus. Normalmente o tempo de espera para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde se realiza em 7 a 10 dias, sempre que o paciente esteja controlado e seja para a consulta agendada para tratamento continuado, existindo um dia da semana dedicado a essas consultas de forma planificada. A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão e avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos para poder trabalhar com esse paciente como um todo. A equipe no início não possuía o registro de usuários com diabetes com maior risco/ gravidade, mas com a reunião, identificado essa dificuldade propusemos a tarefa de criá-lo, como uma ferramenta importante.
A equipe utiliza ficha de cadastro e acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e ou diabetes mellitus. Realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca e para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial possui registro dos usuários desses com maior risco/gravidade.
A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção, nos casos da marcação dos exames laboratoriais e exames de raios x se coordenam pela equipe e nos casos das consultas especializadas e ultrassonografia ou exames de alta complexidade são encaminhados para a Secretaria de saúde que tem um pessoal dedicado a esse trabalho com um cadastro municipal. Neste caso o documento comprovatório é uma caderneta de responsabilidade da enfermeira do posto.
A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários. Não realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus, não existe suporte para essa atividade e no município não conta com oftalmologista pela gestão.
A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos. Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe encaminha o paciente para o serviço de nutricionista que contamos no município e dependendo de cada paciente se realizam as ações de promoção de realização de atividades físicas na unidade por grupos de risco. Além de encaminhar estes pacientes ao serviço de nutricionista a equipe promove ações encaminhadas a melhor a alimentação e estilos de vida para tornar esses mais saudáveis.
A equipe de Apoio Matricial (NASF) atua para apoiar o acompanhamento deste usuário, mas não na UBS, devido a falta de profissionais não é possível cobrir todas as UBS, sendo mais bem centralizado e com determinadas atividades que acometem nas UBS de forma esporádica.
Com nossa microintervenção a equipe aprendeu muito sobre o manejo dos pacientes com Doenças Crônicas da área correspondente a UBS, foi o momento de troca conhecimentos e experiências de cada profissional e membro da equipe, consolidando os dados e protocolos estabelecidos e adaptando novas estratégias.
Dentro das potencialidades podemos dizer que nossa equipe assume as tarefas com dedicação e esforços para incrementar a preparação de cada um, que contamos com um NASF que não é suficiente para o município mas programa atividades e apoia com estratégias de sua competência. Desde o inicio conseguimos estabelecer um dia da semana para os atendimentos programados para os pacientes com DCNT. Como fragilidades podemos dizer que temos uma população muito grande, com outras doenças com manifestações agudas que são motivos de atendimentos de urgência na unidade e limitam as vezes o maior tempo para incrementar as atividades dedicadas a prevenção. Outra situação que influi de forma negativa é que temos áreas descobertas onde é mais difícil chegar completamente pela ausência de agentes de saúde.
BIBLIOGRAFIA:
Ponto(s)