ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ESPECIALIZANDA: PATRÍCIA OLIVEIRA SILVA
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
A importância de se criar políticas públicas voltadas para a saúde da mulher se dá pelo fato de que essa população está susceptível a uma série de agravos relacionados ao aparelho reprodutivo que, com acompanhamento correto e adequado rastreamento, podem ser diagnosticadas precocemente e ter suas consequências minimizadas.
Durante reunião com a equipe de saúde da família acerca da forma como estamos trabalhando a saúde sexual e reprodutiva, pré-natal e puerpério foi observado que deixamos a desejar acerca de orientações às pacientes sobre saúde da mulher, fazendo com que elas procurem essas informações apenas quando comparecem, por algum motivo, à consulta com a médica ou a enfermeira, além do fato de que múltiplas dúvidas são levantadas pelas pacientes em consulta e essas dúvidas muitas vezes se repetem.
A partir da existência dessa demanda, foi planejado a realização de uma roda de conversa (Figura 1) que contou com a presença dos profissionais da equipe (médica, enfermeira, dentista, técnicos em enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde-ACS) e as pacientes da área, que foram convidadas em domicílio pelos ACS e durante as consultas na unidade e compareceram conforme seu interesse.
Figura 1. Roda de conversa sobre saúde da mulher.
Inicialmente foi apresentado às pacientes pela enfermeira Roberta assuntos acerca da necessidade de realização de exame colpocitológico para diagnóstico precoce de câncer de colo do útero e mamografia, sua importância e impacto na saúde dessas mulheres. Também foi exposto acerca da saúde da mulher no climatério, as mudanças que ocorrem fisiologicamente no corpo, o que esperar desse período, quando se inicia e sintomas mais comuns. A partir daí foi aberto a perguntas e as pacientes puderam questionar acerca de qualquer assunto relativo à saúde da mulher.
Conforme as dúvidas foram surgindo, foi observado que ainda existem muitas questões básicas que não são de conhecimento da população em geral, como a necessidade de realização de mamografia anualmente após os 50 anos para todas as mulheres e não apenas aquelas que têm história familiar positiva para câncer de mama, a necessidade de realização de colpocitológico para todas as mulheres acima de 25 anos e com vida sexual ativa e não apenas aquelas com queixas ginecológicas, entre outros.
Dentre as dúvidas que surgiram, observou-se que muitas estavam relacionadas ao climatério, visto que é uma fase bastante sintomática e que traz insegurança para as pacientes. Foram respondidas todas as perguntas relacionadas ao assunto e orientado que aquelas pacientes com sintomas como fogachos, hipermenorréia, irritabilidade, entre outros, agendassem consulta médica para que estas questões sejam tratadas, feitas as devidas orientações e para que possam passar por este período de forma mais confortável.
A partir dessa experiência a equipe percebeu que o tema saúde da mulher ainda merece muito investimento visto a quantidade de dúvidas levantadas pelas pacientes e os temas relativos a mulheres em outras faixas etárias que merecem ser melhor explorados.
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