TÍTULO: O ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA JOSÉ CELESTINO
ESPECIALIZANDO: DAIME SANTANA
ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO
Essa microintervenção foi realizada mediante a ação de conhecer mais sobre a Rede de Atendimento em Saúde Mental em conjunto com a UBS José Celestino, bem como uma estratégia para registro dos pacientes em saúde mental, que antes não havia na unidade.
Na UBS que atendo há um considerável índice de pessoas com problemas psiquiátricos, muito carente de atenção e de cuidados. Na área em que atuo, os agentes comunitários de saúde identificam as pessoas que mais necessitam de uma atenção especial devido sua fragilidade mental e com isso comunicamos o NASF E O CAPS, para que haja um acompanhamento conjunto com a unidade de saúde, onde nós entramos com orientações de saúde como um todo, mental e corporal, e as outras entidades ficam responsável pela questão social e socialização dessa população, inserindo eles na comunidade tentando fazer com que eles levem uma vida mais digna.
Assim, a rede de saúde mental funciona da seguinte forma: o paciente entra na UBS, é avaliado e referenciado para um serviço especializado (NASF ou CAPS), para receber acompanhamento e tratamento terapêutico. Após ser avaliado, o paciente é contra referenciado à UBS, para ser acompanhado pela equipe de saúde da família.
Acredito que a melhor forma de acolher o paciente com doença mental seria acolher toda família, em conjunto, onde os familiares estão em vigília constante e muitas vezes eles começam a cansar ou até mesmo diminuem os cuidados, com isso, ocorre o risco de recaídas, maus tratos, falta de cuidado básicos. Então nós devemos sempre estar presentes na vida desses pacientes para orientar e monitorar.
O matriciamento constitui-se numa ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda a realidade dessas equipes e comunidades.
E quando deve-se solicitar um matriciamento? Segundo o Ministério da Saúde (2011), solicita-se nos casos abaixo:
Dessa forma, o atendimento em saúde mental na UBS José Celestino funciona diariamente, de acordo com a demanda, que se encontra atualmente com 21 pacientes em tratamento e acompanhamento, porém há uma dificuldade no registro desses pacientes.
Na última reunião realizada com a equipe, foi discutido sobre o problema de registro insuficiente dos pacientes de saúde mental, onde a equipe alegou que faltam informações no prontuário dos pacientes em relação ao tratamento seguido ou do médico que atende cada um.
Diante disso, junto à equipe, foi estabelecido uma planilha que será preenchida como instrumento de acompanhamento dos pacientes de saúde mental da UBS, a qual pode ser observada:
Quadro 1 – Instrumento de acompanhamento e registro de pacientes em saúde mental.
Nome do Paciente |
Médico responsável |
Tratamento |
Medicações em uso |
Data da retirada da medicação mensal |
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Fonte: próprio autor.
Assim, com essa planilha, o registro será mais organizado, colaborando para um atendimento e qualidade. Como dificuldades apresentadas, a equipe relatou que esse processo de mudança no registro dos pacientes será a longo prazo, para atualizar todos os prontuários.
Como facilidades, percebi que a equipe demonstrou ter afinidade e proatividade referente a ação, pois os funcionários se comprometeram a fazer essa mudança pensando nos pacientes, pensando no outro com a intenção de melhorar o cuidado prestado.
Espero com a continuidade dessa microintervenção que esse acolhimento aos pacientes de saúde mental venha melhorar a organização do sistema e colaborar para a qualidade de vida desses.
REFERENCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático de matriciamento em saúde mental / Dulce Helena Chiaverini (Organizadora)[et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
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