25 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

CAPÍTULO II :

TÍTULO: ORGANIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO E DADEMANDAESPONTÂNEA E PROGRAMADA  NA UBS

ESPECIALIZANDO: YANITZA  HERNANDEZ  BETANCOURT

ESPECIALIZAÇÃO EM   SAÚDE DA  FAMÍLIA

ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIERA DE MELO

COLABORADORES: EQUIPE DE SAÚDE DA UBS BENEDITO  JOAO  PESSOA

 

            A organização é a base do êxito para um tema de vital importância para a saúde como o “acolhimento”. Para esta microintervenção dediquei um tempo para planejamento e análise do tema em questão e avaliar o significado e desenvolvimento do trabalho. Então, planejei uma reunião com todos os efetivos da unidade de saúde da UBS Cachoeiras Benedito João Pessoa com o objetivo de discutir o tema e de planejar  o trabalho em equipe. Nesta reunião decidimos dividir a primeira parte do trabalho, em três grandes momentos, um primeiro momento onde a equipe coletou informação mediante a observação do dia a dia da UBS, um segundo momento onde se coletou informação mediante as entrevistas aos usuários e população em geral e por último e não menos importante foi fazer a matriz de intervenção. Depois foram criados alguns instrumentos para monitorar e avaliar os temas desenvolvidos em nossa microintervenção, a avaliação dos aspeitos envolvidos pelos indicadores do acolhimento  e da demanda espontânea e programada.

            Durante o primeiro momento já descrito anteriormente, realizou-se a inspeção da UBS e foram escutados alguns testemunhos da população para autoavaliação da programação da demanda programada e espontânea, assim como os requerimentos da população e suas opiniões sobre o assunto a respeito da UBS. Foram encontrados os principais problemas na falta de organização e planejamento devido a falta de conhecimento dos dias de atendimento para a população, pela desorganização existente, devido a unidade básica de saúde ficar na zona rural com condições precárias e sem boa estrutura dos consultórios e da sala de espera.

            Já na sala para a demanda programada foi encontrado o problema da falta de luz no local, o mal estado estrutural das paredes, a falta de banheiro para a população, a  falta de um gela-água e das condições mínimas para um bom acolhimento e organização de uma demanda espontânea, também a falta de materiais e equipamentos necessários para o atendimento de emergência, de vital importância numa unidade a qual fica longe da cidade e facilitaria um melhor atendimento da demanda espontânea como: nebulizadores, cadeira de rodas, área e materiais para fazer curativos, medicamentos de uso emergenciais, os quais encontram-se em falta na unidade.

            Ao avaliar as responsabilidades, foi concordado a falta de planejamento e de ações em conjunto entre equipe e comunidade, a falta de motivação pelo trabalho dos agentes de saúde, a falta de agendamentos de visitas domiciliarias e falta de aviso dos dias de atendimentos nas comunidades.

            Enquanto a organização do processo de trabalho em conjunto com outras ações de atenção integral, nossa equipe encontrou os principais problemas no acolhimento, e planejamento das consultas aos grupos especiais, com o CAPS por falta de orientação e organização, assim como consultas planejadas entre outras dificuldades dadas pela quantidade de comunidades que a nossa equipe atende na zona rural e condições bem  difíceis. São 16 comunidades definidas como sítios e assentamentos, No entanto, a equipe só fica na UBS um dia por semana, na quinta feira, e o resto da semana em outras comunidades que as vezes chega a ser só uma vez por mês.

            Os atendimentos ocorrem em casas de família, escolas, igrejas, unidade móvel. A demanda espontânea vai ser sempre muito maior que a demanda planejada,  fundamentalmente nas comunidades que a gente só vai uma vez por mês e as pessoas reclamam que muitas vezes não foram avisadas do atendimento pelo agente de saúde, além disso dificulta também as visitas domiciliares já que as casas ficam muito distante  uma das outras.

            Nesta primeira parte da microintervenção foram detectados os principais problemas de organização os quais são: falta de planejamento das ações; falta de divulgação de atividades organizativas e de promoção; e falta de agendamento. Na segunda parte de nossa autoavaliação tomamos um grupo representativo da população de nossa comunidade da zona rural da cachoeira e podemos detectar os principais problemas concordando com nossas análises.

           

            O terceiro e último momento foi realizada uma reunião da equipe onde se realizou a matriz de intervenção sobre os principais problemas, pela ordem de prioridades e disponibilidades dos recursos a nossa disposição. Nossa equipe deu  prioridade aos problemas que só precisavam de recursos humanos para serem resolvidos, definimos a realidade estabelecendo critérios das comunidades atendidas, planejamos as  estratégias para a solução dos  problemas, junto com os ACS. Para isso criamos  um  novo  espaço  de  encontro  para   discutir  a situação  da  área  durante  a semana e os principais problemas enfrentados tanto pela equipe como pela  comunidade.

            Acordamos em agendar uma reunião mensal com os representantes das associações das comunidades rurais onde a equipe atende, com a presença dos ACS e a comunidade para discutirmos sobre as dificuldades e como saná-las.

            Com esta microintervenção esperamos obter um melhor resultado com respeito ao acesso a demanda espontânea e programada com uma melhor atenção aos pacientes  que são a motivação de nosso trabalho. Nossa equipe tem criado uma série de indicadores  que  permite  quantificar  os  atendimentos  espontâneos e programados, encaminhamentos, puericulturas, pre-natais, cuidado contínuo assim como alta dos episódios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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