25 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

     

               TITULO: Planejamento Familiar e Saúde Reprodutiva na Estratégia de  saúde da Família /UBS Centro /Laranjal do Jari /AP.

      ESPECIALIZANDO:DAYME TORRES ALBA .

      ORIENTADOR : CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA

 

        À saúde reprodutiva, é definido em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS):

    Como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, em todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo e as suas funções e processos, e não de mera ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva implica, por conseguinte, que a pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo. Implícito nessa última condição está o direito de homens e mulheres de serem informados e de terem acesso a métodos eficientes, seguros, permissíveis e aceitáveis de planejamento familiar de sua escolha, assim como outros métodos de regulação da fecundidade, de sua escolha, que não sejam contrários à lei, e o direito de acesso a serviços apropriados de saúde que deem à mulher condições de atravessar, com segurança, a gestação e o parto e proporcionem aos casais a melhor chance de ter um filho sadio. Em conformidade com a definição acima de saúde reprodutiva, a assistência à saúde reprodutiva é definida como a constelação de métodos, técnicas e serviços que contribuem para a saúde e o bem-estar reprodutivo, prevenindo e resolvendo problemas de saúde reprodutiva. Isso inclui também a saúde sexual, cuja finalidade é a intensificação das relações vitais e pessoais e não simples aconselhamento e assistência relativos à reprodução e a doenças sexualmente transmissíveis (NACIONES UNIDAS, 1995, anexo, cap. VII, par. 7.2).

      Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar ou reprodutivo, vez que pode ser exercido fora do contexto familiar, é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos, o melhor momento para tê-los e o espaçamento entre um filho e outro. Poder planejar o momento certo para ter um filho, sem prejuízos à saúde, é uma das principais conquistas femininas de todos os tempos.

       O planejamento reprodutivo, além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, proporciona às mulheres a independência quanto ao tempo dedicado à sua formação educacional e suas escolhas profissionais. O fato de a maternidade passar a ser uma escolha e não um acaso tem trazido uma série de vantagens para a mãe e o bebê quanto para a sociedade. O controle da fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento certo para ter filhos. (Brasília, DF, 15 jan. 1996.)

       Existem vários fatores de risco associados a esse processo reprodutivo, como fatores biológicos, obstétricos, socioambientais e condições associadas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, cardiopatias, epilepsias e outras doenças crônicas.

       É importante observar que, quando os fatores estão associados, o risco aumenta. Uma vez detectado o problema e sua magnitude, devemos atuar para, na medida do possível, erradicar, reduzir ou controlar o risco e, assim, possibilitar a gravidez no caso desejado, ou tomar um comportamento sobre contracepção temporária ou definitiva.

       Um projeto de intervenção foi realizado por nosso equipe  de saúde para efetuar a educação em todas as mulheres em idade fértil e aumentar o nivel de informação sobre planejamento familiar, saúde  reprodutiva e controle dos riscos a que estão expostas. As mulheres foram convocadas através dos agentes comunitários para uma palestra em nossa UBS. Para esta microintervenção foram utilizadas como universo 40  mulheres de  12 a 49 anos de idade, não grávidas que foram classificadas como risco ou planejamento reprodutivo  na UBS Centro do municipio Laranjal do Jari / AP,  para sua auto-preparação e controle de risco a fim de determinar o nível de conhecimento antes e depois de aplicar o programa educacional em as pacientes estudadas.

      Para esta pesquisa o método empírico foi utilizado através da aplicação de um questionário anônimo  composto por 11  perguntas  abertas e fechadas em respostas, feitas pelo médico e pela enfermeira da equipe, com questões que foram  compreensíveis pelos pacientes. Este questionário (EM ANEXO) foi distribuído e respondido antes de começar com a palestra, para medir o grau de conhecimento das mesmas e depois começar a enfatizar os problemas encontrado em termos de variáveis ​​clínicas e epidemiológicas além de identificar as necessidades de aprendizagem desses paciente.

       As fragilidades encontradas nesta pesquisa revelou que 80% do universo de mulheres trabalhadas não planejou sua gravidez , mostrou também que apenas o 20 % das mulheres usam algum método para evitar a gravidez e prevenir as HIV/AIDS e outras DSTs, além disso, a maior porcentagem de mulheres nessa faixa etária com maior risco encontra-se entre os 12 e 24 anos de idade.

        Os desafios encontrados para o desenvolvimento dessa estratégia de saúde da família é aumentar ou intensificar as ações de educação em saúde, principalmente nessa faixa etária, em termos de risco reprodutivo e planejamento familiar para reduzir a taxa de gravidez não intencionais em idades precoces da vida aumentando o nível de conhecimento, além de atingir a maior porcentagem de usos de métodos contraceptivos.

       O que eu mais gostei dessa intervenção foi que consegui que as adolescentes estivessem motivadas principalmente para saber mais sobre esse tema, sobre a importância de planejar sua gravidez, cuidar de si para não ter uma gravidez indesejável, conhecer os vários métodos contraceptivos que existe e sua utilização, além de obter o troque de experiências entre eles e lograr interagir uns com os outros.

       O que pode ser feito para fazer melhor esta intervenção é que os profissionais da nossa equipe de saúde sejam incentivados a trabalhar mais nesta fase da vida para sensibilizar a população sobre a importância da contracepção planejada, principalmente em jovens e adolescentes. Debater e fornecer elementos para a implantação de políticas que venham ampliar acesso a serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva, incluindo ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, fortalecer o planejamento reprodutivo especialmente em informações e garantir o acesso aos métodos contraceptivos mais indicados. Fomentar a informação para adolescentes sobre os cuidados com a sua saúde sexual e saúde reprodutiva, bem como aumentar a participação dos homens nos eventos reprodutivos.

 

       REFERÊNCIAS

—– NACIONES UNIDAS, 1995, anexo, cap. VII, par. 7.2).

—– Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 1996.

 

      ANEXOS

    Querido paciente

    Através deste documento uma investigação anônima está sendo realizada, sua participação consiste em responder a cada uma das seguintes perguntas com a maior sinceridade possível e você será capaz de conhecer os aspectos mais importantes relacionados ao risco reprodutivo pré-concepcional. O pesquisador garante a confidencialidade das informações que você oferece e os resultados obtidos serão utilizados apenas para fins estatísticos e científicos. Obrigado por sua valiosa contribuição: O AUTOR.

   QUESTIONÁRIO

  1. Sua faixa etária está entre a idade de:

       De 12 a 24 anos.

       25 a 34 anos.

       De 35 a 49 anos.

    2.sua ocupação?

      —-Estudante

     —– Dona de casa

     —– Trabalhador: ocupação ————————————–

      —- Aposentada

     3.Sua atual escolaridade:——————————————–

     4.Você sabe o que significa risco reprodutivo preconceito?

           ____ sim ____ não

      5 . Você já fez um aborto? se você teve quantos,
                Sim_____ Não ____ Quantos ____

      6. Você já deu à luz, diga quando foi seu último parto?

      7.você planejou sua gravidez?

           ____ sim ____ não

      8. Das de doenças crônicas marca com um x  as que você sofre:
            —– Hipertensão arterial.
            __ Asma brônquica.
           ___ Endocrinopatias (diabetes mellitus, hiper ou hipotireoidismo e outras).
           ___ Doença cardíaca.
           ___ Neuropatias.
           ___ Epilepsias
           ___ Siklemias.
           —– outros

      9. Das doenças sexualmente transmissíveis, marcar com um x a VC conosca:
        – Clamídia
       — Herpes genital
       – Gonorréia
      —HIV AIDS
     — HPV
     — sífilis
     — tricomoníase
     — monilíase

    sabe como evitá-los —————

    10. Você conhece algum método contraceptivo, mencione aqueles que você conhece.

    11. Você usa algum método contraceptivo. Se você usar algum, diga qual ?

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