TITULO:Inicios da Implantação de Acolhimento e Demanda Espontânea na Unidade Basica de Saùde CENTRO /Laranjal do Jari /AP.
ESPECIALIZANDO: Daymè Torres Alba.
ORIENTADOR: Cleyton Cesar Souto Silva.
Acolhimento é definido como una postura ética que sugere uma mudança na relação profissional-usuário e profissional entre si, mediante decisões e ações coletivas de trocas, permeadas pelo compromisso e fortalecimento do vínculo entre serviços, trabalhadores e comunidade assegurando uma resposta resolutiva a uma demanda (BRASIL,2004a).
O acolhimento é um instrumento de trabalho que incorpora as relações humanas. É uma ferramenta que deve ser apropriado por todos os profissionais de saúde em todos os setores do atendimento (MERHY, 2007).
A implantação de acolhimento da demanda espontânea provoca mudanças nos modos de organização das equipes. A partir do acolhimento dos usuários, exige-se que a equipe reflita sobre o conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as necessidades de saúde da população, todas as ofertas que devem estar à disposição para serem genciadas, quando necessário, na realização da escuta qualificada da demanda.
A atenção à demanda espontânea é um dos desafios das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), pois as expectativas na sua implantação voltam-se, em geral, para atividades de promoção e proteção da saúde, idealmente com grupos homogêneos como gestantes ou hipertensos. O cotidiano das equipes é, entretanto, marcado pela busca de soluções para problemas interpretados como urgências/emergências pelos usuários e suas famílias, gerando discordâncias e conflitos entre estes e as equipes ou mesmo entre os diferentes profissionais. (INOJOSA, 2005)
O atendimento à demanda espontânea e, em especial, às urgências e emergências envolve ações que devem ser realizadas em todos os pontos de atenção à saúde, entre eles, os serviços de atenção básica. Essas ações incluem aspectos organizativos da equipe e seu processo de trabalho como também aspectos resolutivos de cuidado e de condutas. (INOJOSA, 2005)
A minha unidade básica de saúde, possui implantada a estratégia de acolhimento e demandas espontâneas há mais de 3 anos. Em reunião com a equipe discutimos as diversas dificuldades que existiram no início das atividades, produto da reorganização do processo de trabalho. A equipe de saúde foi reunido para discutir e definir como seria a participação de cada trabalhador e profissional da equipe: desde quem iria receber o usuário que chega ao posto até como avaliar o risco e a vulnerabilidade desse usuário; o que fazer de imediato; quando encaminhar/agendar uma consulta médica; como organizar a agenda dos profissionais; e outras ofertas de cuidado (além da consulta) poderiam ser necessárias etc. Além de conseguir diminuir o alto índice de demandas espontâneas e educar à população quanto às novas mudanças implantadas.
Houveram muitos desafios e lutas para melhorar e diminuir o alto índice das demanda espontânea na Unidade básica de Saúde (UBS), desafios superados com a integração da equipe à formação e superação metodológica, aprendendo a trabalhar com o fluxograma de classificação de risco e vulnerabilidades e a utilização de protocolos.
A equipe criou ações e estratégias com o objetivo de conseguir um bom funcionamento de acolhimento e que o trabalho fosse mais organizado, programando um dia para cada consulta agendada de atendimento programado e continuado, tentando aumentar o atendimento ao paciente portadores de processos patológicos com a ajuda de promoção de saúde e prevenção de doenças , e conseguindo assim a redução de atendimentos ambulatoriais de urgência.
Como melhorias, de todas essas mudanças é a responsabilização integral da equipe, desde a recepção do usuário até a saída do paciente na UBS, forneceram as informações necessárias e soluções para o problema de cada usuário, além de ser avaliado satisfatoriamente de acordo com sua classificação de risco e vulneravilidade.
Hoje em dia, possuímos um fluxograma informativo na sala de espera, onde é explicado detalhadamente como é a operação de priorização dos problemas apresentados pelo paciente. (em anexos)
REFERÊNCIAS
-BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento com classificação. Brasília, DF, 2004ª. (cartilha do PHN)
-MERHY, EE, et al. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano.4 eds. São Paulo:Hucitec,2007.
– Caderno de Atenção Básica, n28 v.1. Acolhimento á demandas espontâneas cab28v1. Brasília – DF2013.
– INOJOSA, R.M.Acolhimento: A qualificação do encontro entre profissionais de saúde e usuários Congresso Internacional de CLAD sobre a Reforma do Estado e da Administração Pública, Santiago, Chile, 18 – 21 de Outubro de 2005.
ANEXOS
Ponto(s)