TÍTULO: A INTRAGRALIDADE DOS PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS
ESPECIALIZANDO: KARLLA KARYNA TEOTONIO FOLLI
ORIENTADORA: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: ACS ANTONIO EVANDRO
ACS ANTONIO JOSÉ
ACS ANTONIA MADALENA
ACS ANTONIA VIANA
ENFERMEIRA ISADORA
O acesso com equidade deve ser uma preocupação constante no acolhimento à demanda espontânea. A equidade, como um princípio de justiça, baseia-se na premissa de que é preciso tratar diferentemente os desiguais que consiste em uma diferenciação positiva ou cada um de acordo com a sua necessidade, corrigindo diferenciações injustas e negativas e evitando iatrogenias devido a não observação das diferentes necessidades (BRASIL, 2012).
Como fazer isso no cotidiano dos serviços, aonde muitas vezes chegam, ao mesmo tempo, várias pessoas com necessidades distintas? Uma estratégia importante de garantia de acesso com equidade é a adoção da avaliação/estratificação de risco e de vulnerabilidades como ferramenta, possibilitando identificar as diferentes gradações de risco, as situações de maior urgência e, com isso, realizar as devidas priorizações (BRASIL, 2012).
Há expressivas diferenças entre as políticas e os sistema de saúde entre os países, embora alguns paradigmas similares tenham orientado a construção e as reformas subsequentes em diversos contextos. É extremamente relevante compreender que, apesar da busca por maior integração por meio de redes de atenção ter sido um ideal amplamente difundido e valorizado em todos os países, as estratégias concretas não ignoram as diferenças de trajetória e configuração de valores maiores da política de saúde (KUSCHNIR; CHORNY, 2010).
Assim, a valorização das estratégias de integração do cuidado se verifica em sistemas de saúde tanto universais, quanto de seguro social ou de mercado, mas os objetivos finais são diferentes e estão relacionados ao padrão de cidadania de cada sociedade (FLEURY, 1994).
A unidade básica de saúde (UBS) é destinada ao enfrentamento de questões ligadas como a saúde mental. Com o objetivo de cada dia aprimorar este serviço e para o fortalecimento na redução de leitos psiquiátricos nos hospitais. É importante o trabalho em equipe, sempre com equidade aos usuários que em certo momento está passando por transtornos psíquicos (BRASIL, 2012).
Desse modo, faz parte do processo de trabalho da equipe “na primeira escuta do usuário”:
As equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) deverão fornecer apoio matricial às equipes de atenção básica a que estão vinculadas, tanto na educação permanente de abordagem e no manejo dos casos, na consolidação de um processo de trabalho que acolha as demandas espontâneas, no cuidado das pessoas, como auxiliando na constituição da rede de atenção à saúde relacionada àquela unidade, apoiando a articulação com os serviços de referência, por exemplo, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) (BRASIL, 2012).
Em conjunto com a equipe, realizamos uma ficha espelho (figura 1 e 2), para a avaliação e o acompanhamento do paciente em uso de psicotrópicos, já que a unidade básica não dispunha; nesta ficha espelho contém os dados pessoais do paciente, nome e contado da pessoa de referência, condições de saúde e lista de medicamentos que o usuário utiliza.
Com esta ficha espelho, que será fixada a uma pasta que conterá as fichas individuais da microárea da equipe; tendo em vista que a unidade não possui prontuário eletrônico. Esta ficha espelho terá um papel fundamental, para o controle de demanda de atendimento e acompanhamento domiciliar.
Ao examinar o quadro do paciente ~C. A. S, sexo masculino de 35 anos de idade, vemos a necessidade de maior empenho da equipe. Este paciente possui registro no prontuário, a respeito de sua saúde mental, desde o ano de 2016, passando por várias internações no hospital de referência e várias trocas de medicamento pelo especialista. Paciente quando em consulta, sempre refere não ter apoio familiar e que a mãe sempre o julga pelo seu comportamento. Além das consultas anuais com o médico psiquiatra, foi encaminhado para consultas com a psicóloga que compõe o NASF da UBS, uma vez que o município não possui unidade CAPS.
A equipe tem enfrentando vários desafios no decorrer do trimestre, várias metas ainda teremos que alcançar, colocar em prática o preenchimento da ficha espelho, além do implemento do apoio matricial do NASF, tendo em vista que o município de Paraú- RN não possui unidade CAPS fixa e quando necessário, encaminha o paciente ao município de referência. Ao que diz respeito as referências e contrareferências, não temos a contrareferência, e quando temos notícia do paciente, muitas vezes, é através da consulta para renovação de receita.
Estamos trabalhando para que quando o paciente voltar a sua vida rotineira, em ambiente familiar, a equipe venha estar ciente de sua chegada, onde entra o papel fundamental dos agentes comunitário de Saúde (ACS), para poder se aproximar da família e agendar uma visita domiciliar em equipe. Este trabalho, será realizado para interagir o paciente à família com o apoio do serviço de saúde para evitar internações recorrentes.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Acolhimento e demanda espontânea: Queixas mais comum na Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
FLEURY, S. Estado sem cidadãos: Seguridade Social na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1994.
kUSCHNIR, R.; CHORNY, A. H. Redes de atenção à saúde: contextualizando o debate. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 5, p. 2307-2316, 2010.
Ponto(s)