21 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: Controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Atenção Primária.

Especializando: Carlos Tejeda Clemente

Orientador: Cleyton Cesar Souto Silva. 

     As Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de mortes no mundo, e tem gerado elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida com alto grau de limitação nas atividades de trabalho e de lazer, além dos impactos econômicos para as famílias, comunidades e a sociedade em geral, agravando as iniquidades e aumentando a pobreza (BRASIL, 2011).

     Os problemas crônicos de saude exigem a construção e manutenção de um vínculo regular e prolongado entre equipe de saúde, pacientes, familiares e comunidade, possibilitando o suporte aos diversos desafíos enfrentados na vida cotidiana dessos pacientes, principalmente no que diz respeito à produção de autonomía, de competência de autocuidado e de mudanças de hábitos e de estilos de vida. (BRASIL, 2008; OMS, 202 apud, BRASIL 2016, p.6.)

     No mundo e no Brasil manifesta-se o fenômeno de transição epidemiologica, ou seja,  apresentam um processo de envelhecimento de sua população e uma situação de transição das condições de saúde, caracterizada pela queda relativa das condições agudas e pelo aumento das condições crónicas. (MENDES, 2011).

     A equipe de trabalho da UBS Wender Rodrigues de Souza, se reuniu para analisar, usando o instrumento AMAQ, Dimensão: Perfil, Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde, Subdimensão L: Atenção integral à Saúde, 4.33 A equipe de atenção básica identifica e mantém registro atualizado de todos os hipertensos do seu território e organiza a atenção com base na sua classificação de risco e 4.34 A equipe de atenção básica identifica e mantém registro atualizado de todos os diabéticos do seu território e organiza a atenção a partir de sua classificação de risco.

     A atividade foi feita com o objetivo de refletir como esta sendo desenvolvida a atenção á saúde das pessoas vivendo com essas doenças crônicas não transmissíveis no nosso território, bem como outras (DPOC, Asma Brônquica, Cancer, etc.)

      A equipe de saúde programa o cuidado continuado para o controle das DCNT baseando-se na estratificação de risco, nas necessidades individuais e nos determinantes sociais da saúde e não limita dias específicos na agenda para cuidado das pessoas com doenças crônicas, bem como oferece opções de grupos terapêuticos e de atividades educativas sobre alimentação saudável e incentivo á prática de atividade físicas em outros espaços do território, considerando grau de confiança e recursos individuais para mudanças de estilos de vida.

     Atividade bem-sucedida consideradas pela equipe na atenção à saúde dos pacientes diabeticos.

     Depois de refletir sobre às ações de atenção à saúde às pessoas com hipertensão, diabetes e outras DCNT com base na estratificação de risco desenvolvidas pela nossa equipe de saúde na organização do cuidado, especialmente direcionado às condições crônicas não transmissíveis, podemos dizer que entre as atividades exitosas que desenvolvemos, estão as Estratégias de ação e promoção da saúde para o enfrentamento dos principais fatores de risco para a descompensação de Diabettes Mellitus.

     Embora em cada consulta ou atividade realizada com esses pacientes, eles são advertidos da importacia de manter o tratamento diario e cumprir com a dieta estabelecida, nos realmente encontramos muitos casos que nao aceitam sua condição e não tem previsão dos riscos que enfrentam, é por isso que abandonam o acompanhamento e não continuam com um estilo de vida adecuado para manutenção da saúde, bem como insistem em manter outros (alimentação inadequada, falta de atividade física, o tabagismo, o etilismo) quem contribui para aumentar o risco de sofrer uma descompensação, principalmente aqueles com menor nível educacional, bem como com piores condições econômicas, que é muitas vezes a causa de que eles não podem comprar seus medicamentos.

     Por isso decidimos desenvolver essa atividade, com o objetivo de promover intervenções educativas para minimizar o efeito dos fatores de risco na Diabettes Mellitus, por meio de promoção e prevenção de saúde, com participação dos pacientes em conversas de grupos, palestras na sala de espera, rodas de conversa interativas e incorporação dos pacientes a grupos de práticas de exercícios físicos, obtendo estilos de vida mais saudável na comunidade para um melhor controle desta doença.

     Para a realização dessos encontros, são convidados aqueles pacientes que tem sido detectados, mediante as visitas domiciliares, com altos níveis de açúcar no sangue ou outros fatores de risco, bem como algums daqueles pacientes que mantêm sua glicemia normal e cumprir com o tratamento e outros pacientes que não sofrem da patologia mas apresentam fatores de risco para desenvolve-la. Pela parte da UBS participamos, a enfermeira, o médico, as ACS, a nutricionista e o Psicólogo.

     Primeiro a participação dos pacientes é incentivada e tanto o compensado como o descompensado ou os demais pacientes em risco, expor suas experiências e a forma em que eles enfrentam a doença e cumprir com o tratamento e o resto das medidas orientadas.

     Finalmente os especialistas da equipe dão suas opiniões e expõem os tópicos atualizados em relação a patologia. Desta forma identificamos quais são os pacientes com mais riscos de saúde para desenvolver a dea Diabettes e por tanto nosso trabalho será feito dirigido a aqueles pacientes que mais precisam mudar seu estilo de vida e assim diminuir os fatores de risco para essa doença.

     Com a realização dessa atividade a nossa equipe adquiriu a experiência que para o cuidado da Diabettes Mellitus não é bastante com a atenção integral para os doentes, senão que é precisso a identificação precoce e modificação dos fatores de risco que poderão desencadear o processo patológico em outro momento, por isso é necessario insistir em uma abordagem abrangente para a doença e os pacientes ou pessoas com risco.

     As princiais dificultades encontradas pela nossa equipe foram, a falta de conhecimento por parte de muitos pacientes em quanto aos riscos envolvidos em niglegenciar o seguimento desta doença, ou dos fatores que podem desencadenar-la, bem como a falta de um mecanismo por parte da UBS, para aumentar esse conhecimento e brindar informações atualizadas que lhes permitem aprender os elementos necessários para o seu cuidado pessoal, evitando o aparecimento da doença, ou suas complicações.

     Como potencialidade nos percibimos que esta atividade contribuiu de forma valiosa para nossa aprendizagem como profissionais de saúde, bem como para os pacientes, quem poderia aprender elementos importantes para contribuir mediante seus cuidados pessoais para evitar o aparecimento da doença, bem como suas complicações.

     Espera-se desta atividade reduzir o número de fatores de risco na Diabettes Mellitus da nossa UBS, através da implantação de estratégias de saúde e gerando mudanças no estilo de vida, o que ajudará a aumentar a cualidade de vida do nosso território, bem como para diminuir o numero de casos desta doença e suas complicações.

 

Referencias: 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022.Brasilia :Ministério da Saúde ,2011.

MENDES, E. V. As redes de Atenção à saúde. 2 ed. Brasília: Organização Pan- Americana da Saúde. 2011. 549 p.

BRASIL. Ministerio da Saúde, Vigilância à Saúde. Secretaría de Atenção à Saúde. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crónicas não transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasilia: MS, 2008. Apud Brasil. Ministerio da Saúde. Portal de Saúde. Projeto Territórios, incorporando os encaminhamentos da oficina de 27/28/janeiro p. 06, Fevereiro 2010.

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