19 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO :Controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Atenção Básica de Saúde

Especializando: Mirian Morales Rodríguez

Facilitador : Cleyton Cesar Souto Silva

 

          O panorama mundial e brasileiro de doenças crônicas não transmissíveis tem se revelado como um novo desafio para a saúde pública. A complexidade do perfil nutricional que ora se desenha no Brasil revela a importância de um modelo de Atenção à Saúde que incorpore definitivamente ações de promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (BRASIL, 2014).

          Neste cenário epidemiológico do grupo de doenças crônicas não transmissíveis, destaca-se a obesidade por ser simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras doenças deste grupo, como a hipertensão e o diabetes, igualmente com taxas de prevalência em elevação no País. As prevalências de sobrepeso e obesidade cresceram de maneira importante nos últimos 30 anos (BRASIL, 2014).

          Tendo em conta a necessidade de ter um ótimo atendimento aos pacientes com doenças crônicas não transmissíveis e obesidade a equipe 008, realizou uma reunião para refletir sobre o serviço nesta população, um questionário foi respondido para avaliação do acompanhamento. (Anexo 3)

           Este relato tem como objetivo organizar o trabalho da equipe com os pacientes que sofrem de doenças crônicas não transmissíveis, oferecendo uma atenção médica de ótima qualidade para melhorar o estilo de vida, estimulando hábitos de vida saudável.

           Em nossa unidade Igarapé da Fortaleza, a equipe 008 realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus, no caso de que um paciente com alguma destas doenças procure a nossa Unidade Básica de saúde (UBS) para consulta, o tempo de espera para recebê-la varia entre 1 a 2 dias, além de isso nestes pacientes atendidos pela equipe são utilizados os protocolos para estratificação de risco de hipertensão e/ou diabetes mellitus, de acordo com os padrões preconizados pelo Ministério de Saúde .

          A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos, fazendo um atendimento integral, com o objetivo de orienta-los para modificar aqueles que podem ser modificáveis, e também para oferecer um atendimento de qualidade com maior periodicidade e com interconsultas com outros especialistas no caso que fora necessário.

          Infelizmente a equipe não tem registro de usuários com hipertensão e/ou  diabetes com maior risco/gravidade, mas   a consulta dos pacientes atendidos são registrados  no prontuário dele, isso foi uma dificuldade, já que não se permitiu estabelecer prioridade na hora do atendimento e da visita domiciliar, causando agravamento dos mesmos, e para isso  foi desenhado  um registro.

          São  utilizados  fichas de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus, todas as avaliações, consultas e acompanhamento sãos descritos nos prontuários, estes possuem todas as informações referentes à doença do paciente ao longo do tempo, isso é muito importante pois é uma ferramenta para todos os profissionais que interagem com esses pacientes, conhecendo os detalhes da doença e os comportamentos tomados, evitando erros, além de isso  realizamos acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, fazendo encaminhamento para o cardiologista ou outras especialidades que precisam.

          Todos os pacientes diagnosticados com diabetes mellitus ou hipertensão arterial sistêmica, recebem consultas  programada continuada de acordo com  a estratificação do risco, são indicados os exames correspondente e um adequado exame físico, permitindo a toma de decisão apropriada, mais não  coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários  que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção, somente realizamos o encaminhamento .

         Infelizmente a equipe não possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção, o encaminhamento é feito mais o registro não, sendo uma debilidade para nossa equipe já que esses pacientes são atendidos e essa consulta não e evidenciada no prontuário, sendo esse registro a única contrareferência do procedimento feita.

         Para eliminar essa dificuldade e melhorar nosso trabalho a equipe realizou um registro de pacientes com hipertensão e diabetes encaminhados, e em todas as consultas e visitas domiciliar a usuários diabéticos o exame físico  do pé diabético é realizado, oportunizando os conhecimentos sobre a importância do cuidado do pés desta doença assim como as consequências das ulceras do pé diabético. Também não é feito o  exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus devido á ausência de oftalmoscópio em nossa unidade, mas isso pacientes são encaminhados para avaliação com oftalmologista .

          Em relação à atenção à pessoa com obesidade, a equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos, no dia da consulta durante o triagem feito pela técnica de enfermagem e  são preenchida no prontuário do paciente, onde logo e feita a avaliação do índice de massa corporal, para um adequado seguimento.  Nos usuários identificados  com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza umas series de ações para melhora da qualidade de vida deles,  e para modificar esse fator de risco que pode desencadear outras enfermidades e agrava-la.

 A equipe realiza o acompanhamento deste usuário na UBS realizado consultas, são encaminhados para nutricionista, também  são ofertadas ações voltadas à atividade física,  enviados à academias de saúde em nossa unidade, onde temos um grupo de zumba, respeitando a vontade do paciente onde eles preferem participar, as academias são uma fraqueza para  aqueles pacientes que não tem o apoio financeiro para manter um comparecimento regular, e lograr melhora na sua condição de saúde .

          Nossa equipe oferta ações voltadas à alimentação saudável, oferendo palestras educativas na unidade e na área sobre uma adequada alimentação e as vantagem de melhorar na sua alimentação. A equipe aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS, encaminha para serviço especializado as pessoas com obesidade que sem a atividade física regular e dieta não consegue diminuir seu IMC. Realizamos o encaminhamento para endocrinologista, mais nossa realidade e outra, primeiro porque não possuímos pelo SUS essa especialidade médica, temos mais no privado, sendo uma consulta de alto custo assim como seus exames, por isso muitos pacientes apesar de ter o encaminhamento não consegue essa consulta.

          A equipe não oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso, mais oferece palestra na área e unidade sobre educação em saúde para toda a população preferentemente de risco mais não com aqueles que querem perder peso.

         Esta microintervenção foi muito importante já que permitiu que a equipe conhecer a fundo nossas verdadeira realidade, para modificá-la. Assim, permitiu criar um grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso, permitiu a criação de registros que são ferramentas de muito valor para o atendimento do pacientes com doenças crónicas não transmissíveis, estabelecendo prioridades, encontrando-se mais preparada para a atenção a este grupo da população, melhorando o atendimento no mesmo, sendo de qualidade e mais integral.

Referência bibliográficas

Brasil, Cadernos de atenção de atenção Básica, Estratégia para o cuidado da pessoa com doenças crônica, obesidade, 2014.

 

 

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