19 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CUIDANDO DO FUTURO

ESPECIALIZANDO: EDIANE GODOI DA SILVA

ORIENTADOR: CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA

 

A taxa de mortalidade infantil (referente às crianças menores de um ano) caiu muito nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram de 47,1 a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 em 2010 (IBGE, 2010). Entretanto, a meta de garantir a toda criança brasileira o direito à vida e à saúde ainda não foi alcançada, pois persistem desigualdades regionais e sociais inaceitáveis. Além disso, 68,6% das mortes de crianças com menos de um ano acontecem no período neonatal (até 27 dias de vida), sendo a maioria no primeiro dia de vida. Assim, um número expressivo de mortes por causas evitáveis por ações dos serviços de saúde – tais como a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido (RN) – faz parte da realidade social e sanitária de nosso País. (Ministério da saúde, 2012).

O cuidado á criança serve para a organização dos serviços aliado a um processo que envolva uma rede assistencial capaz de obter impacto sobre as diversas circunstancias do processo de viver. Trata-se de um fazer/pensar integrado de serviço e da equipe e não da tarefa de um profissional apenas ou de uma categoria isoladamente. Tais serviços devem ser vistos como um conjunto contínuo e integrado de ações e equipamentos voltados para a promoção, prevenção e proteção da saúde da criança e de sua família, buscando-se a integridade da abordagem e do atendimento. Dessa forma, a atenção á saúde da criança na APS representa um campo prioritário dentro dos cuidados á saúde da população. (SECRETARIA ESTADUAL DO DISTRITO FEDERAL, 2016).

Os programas estruturados para oferecer Atenção Básica à saúde da criança têm como metas principais promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação. Necessitam da efetiva participação do indivíduo e da sociedade, pressupondo a integração de diversas classes profissionais que atuam em equipe, devidamente calcados nos saberes interdisciplinares e apoiados pelos diferentes níveis de referência do sistema de saúde. (Del Ciampo, L. A. et al, pag 740, 2006)

Para essa microintervenção é utilizado o PMAQ – DIMENSÃO IV e V – Acesso e Qualidade da Atenção e Organização do Processo de Trabalho – Saúde da Mulher e da Criança, e a avaliação do AMAQ 4.18: A equipe de Atenção Básica acompanha: o crescimento e o desenvolvimento das crianças menores de 2 anos da sua área.

As ações preconizadas para o PMAQ/AB, foram realizadas em um questionário. (Em anexo)

Todos sabemos que um bom acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, do nascimento até os 5 anos de idade, é de fundamental importância para a promoção à saúde da criança e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. Ações aparentemente simples, como, pesar, medir, avaliar aquisição de novas habilidades e utilizar o cartão da criança, acompanhado de uma estratégia da completa vacinação da criança, é o básico para prevenir e proteger nossas crianças de possíveis doenças e agravos.

Foi realizado com a nossa equipe em 5 escolas, o PSE (Programa Saúde na Escola), nos meses de abril a maio, com:

  • Consultas médicas: Exame físico, detecção de patologias e distribuição de albendazol (DU);
  • Consultas Odontológicas: Com avaliação odontológica, distribuição de kits odontológicos e aplicação de flúor.
  • Consultas com Nutricionista: Avaliação do IMC, classificação do estado nutricional de cada criança.
  • Consultas com Psicóloga: Palestras e consultas individuas para as crianças que tinham necessidade, e aconselhamento para os pais quando necessário.
  • Vacinação: Foi solicitado antecipadamente aos pais as carteiras de vacina a permissão, e as pendentes foram todas realizadas.
  • Recreação com educadores físicos: Brincadeiras e jogos entre as crianças, com a supervisão dos eduadores físicos do NASF

As dificuldades econtradas foram:

Falta de apoio da secretaria de saúde, em relação a material didático educativo; suporte técnico como água, alimentação e transporte para os profissionais.

E das escolas: Professores com pouco interesse no projeto, alguns nem sabiam exatamente do que se tratava, falta de trabalho em conjunto com os profissionais da saúde, houve professor que deixou a sala com a equipe e saiu.

Há necessidade de melhor treinamento, preferencialmente em cada UBS, para os envolvidos, enfermeiros, ACS, tecnicos e médicos, explicando exatamento o que é e como deve ser feito o PSE de qualidade e organizado.

Com essa ação do PSE é esperado melhoria da qualidade de vida das nossas crianças, já que detectamos várias lacunas na atual atendimentos realizado nas pruericultura, entre elas o tratamento de parasitose semestral ou anual devido ao alto índice de parasitoses na região, o baixa administração de vitaminas para os desnutridos, além de também podermos detectar algumas crianças com alterações psiconeurológicas e a realização dos encaminhamentos para avaliação com especialistas.

Nossa equipe esperamos através desse trabalho solucionarmos esses problemas, e assim poder levar diretamente melhor qualidade na saúde de nossas crianças, fazendo busca ativa dos problemas em potencial e resolve-los o mais rápido possível podendo ajudar os pais que não tem tempo e orientação para leva-los a UBS, melhorando a qualidade de vida e o bem estar de nossas crianças.

Questionário para Microintervenção 

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

 

x

 

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

 

x

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

 

x

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

 

x

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

 

 

x

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

x

 

Crescimento e desenvolvimento

x

 

Estado nutricional

x

 

Teste do pezinho

 

x

Violência familiar

x

 

Acidentes

x

 

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

 

x

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

 

x

Com baixo peso

 

x

Com consulta de puericultura atrasada

 

x

Com calendário vacinal atrasado

x

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

 

x

 

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

 

x

 

 

REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Cadernos de Atenção Básica, n° 33 Brasília – DF 2012

 

Puericultura: duas concepções distintas. Del Ciampo, L. A. et al. Pag. O Programa de Saúde da Família e a Puericultura. Ribeirão Preto – SP, ano 2005.

Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/csc/v11n3/30988

 

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (No Ratings Yet)
Loading...
Ponto(s)